terça-feira, 27 de setembro de 2011

O QUE TORNA A ARTE PERTINENTE?

SEMINÁRIO COM SILVINA RODRIGUES LOPES, JOSÉ GIL, ANTÓNIO GUERREIRO & MARIA FILOMENA MOLDER

8, 15, 22 e 29 de Outubro, 15h às 18h
no EDIFÍCIO - FORUM DANÇA/O RUMO DO FUMO

O que torna um trabalho artístico pertinente e outro não? O que cria a pertinência de um trabalho? O que é que a constitui? A pertinência é feita de quê? A obra pertinente é aquela que responde incisivamente à história da arte que lhe é anterior? Aquela que é feita em momentos de combustão, transe, catarse do artista? Aquela que é pensada quase cientificamente?
O que se passa nessas obras que sentimos serem incontornáveis? Obras determinantes, que mudam a face daquilo com que mexem, que mudam o nosso entendimento e a nossa percepção da arte e de tudo o que a rodeia, ou seja, de tudo. Que nos deixam talvez de rastos, desfeitos? Ou totalmente intensificados? De que matéria é feita essa 'incontornabilidade”?
Estas e outras questões serão abordadas neste seminário por quatro professores e pensadores conhecidos pela sua pertinência na atenção que dão a formas e trabalhos exigentes.


8 de Outubro
SILVINA RODRIGUES LOPES
Silvina Rodrigues Lopes licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1980), onde concluiu o Mestrado em Literatura Portuguesa do Século XX (1984). Doutorou-se na Universidade Nova de Lisboa (1991) com uma tese sobre o problema da legitimação em literatura. É professora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas onde ensina sobretudo Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa do Século XX. Publicou, entre outros, os seguintes livros: A Alegria da Comunicação, Aprendizagem do Incerto, Teoria da Despossessão, Agustina Bessa-Luís - As Hipóteses do Romance, A Legitimação em Literatura, Carlos de Oliveira - O Testemunho Inadiável, Literatura, Defesa do Atrito, A Inocência do Devir, Exercícios de Aproximação e A Anomalia Poética. Foi co-directora da Revista Elipse e é actualmente co-directora da revista Intervalo.

15 de Outubro
JOSÉ GIL
José Gil licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Letras de Paris, na Universidade da Sorbonne em 1968. No ano seguinte fez o mestrado em Filosofia, com uma tese sobre a moral de Kant. Em 1982, concluiu o doutoramento com a tese Corpo, Espaço e Poder, editada em livro em 1988. A partir de 1973 foi, entre outros, docente do Departamento de Psicanálise e Filosofia da Universidade de Paris VIII e em 1976 foi adjunto do Secretário de Estado do Ensino Superior e da Investigação Científica em Portugal. Em 1981 instala-se definitivamente em Portugal e torna-se professor auxiliar convidado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, leccionando Estética e Filosofia Contemporânea. Paralelamente era director de Programa no Colégio Internacional de Filosofia de Paris e deu aulas em várias escolas e universidades, orientou seminários e participou em congressos em Paris, Amesterdão, Brasil e Estados Unidos da América. A partir de 1996, passou a dirigir a Colecção de Filosofia da editora Relógio D'Água. Publicou diversos artigos e ensaios científicos em revistas e enciclopédias de todo o mundo, destacando-se nas suas preferências a reflexão sobre o corpo. Em 2004 publicou Portugal, Hoje. O Medo de Existir, depois de já ter publicado diversas obras sobre temas tão diversos como Salazar, Fernando Pessoa, a Córsega, a dança, a estética, a filosofia do corpo ou O Principezinho, de Saint-Exupéry.

22 de Outubro
ANTÓNIO GUERREIRO
António Guerreiro é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Português/ Francês). Ensaísta e crítico literário do semanário “Expresso”, publicou um volume de ensaios literários e de Estética, O Acento Agudo do Presente (Cotovia, 2000). Tem colaboração dispersa em revistas e livros colectivos, sobretudo sobre poesia e temas do pensamento contemporâneo. Editou, com Olga Pombo e António Franco Alexandre, Enciclopédia e Hipertexto (Editora Duarte Reis, 2006), volume no qual publicou dois ensaios sobre Aby Warburg. Fundou com José Gil e Silvina Rodrigues Lopes a revista Elipse. Walter Benjamin (sobre o qual escreveu alguns ensaios publicados em revistas especializadas) e Aby Warburg (sobre o qual orientou três seminários na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, na Fundação Serralves e no EDIFÍCIO - Forum Dança/O Rumo do Fumo) estão no centro do seu trabalho nos últimos anos. Organizou dois ciclos de conferências internacionais sobre política e sociedade na Fundação de Serralves. É tradutor de livros de Giorgio Agamben, Gilles Deleuze, Gianni Vattimo, Andrea Cavalletti, Fernand Braudel, Umberto Eco e Mario Perniola. Escreveu para catálogos de exposições de arte.

29 de Outubro
MARIA FILOMENA MOLDER
Maria Filomena Molder é Professora catedrática do Departamento de Filosofia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Membro do Instituto de Filosofia da Linguagem, U.N.L., Membro do Conselho Científico do Collège International de Philosophie (2003/2006 e 2006/2009), Paris e foi Coordenadora do Departamento de Filosofia, ano lectivo de 2006/2007. Fez o Doutoramento em 1992 sobre O Pensamento morfológico de Goethe. Desde 1978 escreve sobre problemas de estética, enquanto problemas de conhecimento e de linguagem, para revistas de filosofia e de literatura, entre outras, Filosofia e Epistemologia, Prelo, Análise, Revista Ler, Sub-Rosa, A Phala, Internationale Zeitschrift für Philosophie, Philosophica, Revista Belém, Dedalus, Rue Descartes, Chroniques de Philosophie, La Part de l’Oeil. Desde 1984 escreve para catálogos e outras publicações sobre arte e artistas, portugueses e estrangeiros. Entre as suas obras principais destacam-se: O Pensamento Morfológico de Goethe, IN-CM, 1995, Semear na Neve. Estudos sobre Walter Benjamin, Relógio d’Água, 1999, Prémio Pen-Club 2000 para Ensaio, Matérias Sensíveis, Relógio d’Água, 2000, A Imperfeição da Filosofia, Relógio d’Água, 2003, O Absoluto que pertence à Terra, Vendaval, 2005, Símbolo, Analogia e Afinidade, Vendaval, 2009 e O Químico e o Alquimista. Benjamin, Leitor de Baudelaire, Relógio d’Água, 2011. Ainda foi editor de Paisagens dos Confins. Fernando Gil, Vendaval, 2009 e Rue Descartes nº68, “Philosopher au Portugal Aujourd’hui”, 2010.

Preço:
60€

Descontos:
30% para artistas, desempregados, < de 30 anos e > de 65 anos; 40% para grupos de estudantes superiores a 5 pessoas.

Inscrições:
21 342 89 85 ou forumdanca@forumdanca.pt

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